Com duas décadas de carreira, o músico carioca relembra a infância no subúrbio, as batalhas nos palcos da vida e os projetos que mantêm viva sua paixão pela música!
Com um sorriso largo, simpatia genuína e uma musicalidade que transborda, Dedê do Banjo nos recebe em seu estúdio, no Rio de Janeiro, onde se prepara para mais uma gravação especial.
Em atividade há mais de duas décadas, Dedê é um dos grandes nomes do pagode contemporâneo, reverenciado por sua habilidade no banjo, cavaquinho e cuíca, além de letras que emocionam e aproximam.
Sua história, como tantas na música brasileira, começa no subúrbio.
“Cresci em um bairro humilde, mas repleto de cultura e música. Meus pais sempre me incentivaram à arte em casa. Estudei na Escola de Música Villa Lobos, que é bastante conceituada. Foi lá onde tive meu primeiro contato com o banjo, o cavaquinho e a cuíca”, relembra o artista, com os olhos brilhando de emoção.
A música, desde cedo, foi não apenas um passatempo, ela tornou-se válvula de escape e uma forma de expressar suas emoções desde jovem.
Por toda a capital carioca
A caminhada até o reconhecimento não foi simples. A transição do amadorismo para a carreira profissional exigiu esforço, resiliência e muitas apresentações em rodas de samba.
Em 2003, Dedê fundou seu primeiro grupo, o Soma Samba, ao lado do amigo Igor. Mais adiante, integrou outras formações, como o grupo Bem Que Samba, com apresentações regulares na Zona Oeste do Rio, em Jacarepaguá e no Shopping Quality, além de uma importante participação no tradicional grupo Papo 10, que já somava mais de três décadas de história.
Durante a pandemia, em um momento delicado para artistas de todo o país, Dedê decidiu seguir em frente com um novo projeto: o grupo Vem Me Ver, com apresentações na Barra da Tijuca e na Freguesia.
Nesse mesmo período, foi convidado para tocar no “Festival Cuíca”, em Madureira – bairro conhecido como “berço do samba carioca” –, um encontro musical que reuniu nomes históricos do samba, como representantes da tradicional agremiação Cacique de Ramos e do projeto Samba na Calçada.
“Hoje, um amigo meu daquela época está no grupo Fundo de Quintal, o Thiago Testa, que toca repique”, conta com orgulho, evidenciando o valor das conexões e parcerias que construiu ao longo do tempo.

“Cada nota tocada […] era uma batalha vencida”
O recomeço se tornou um mantra. “Me reinventei e montei o terceiro grupo de pagode, o Para Ficar Bem. Esse tem apenas dois anos”, diz. Mas a paixão pela música sempre foi o que o manteve firme, mesmo diante dos obstáculos.
“Lembro das primeiras rodas de samba que participei. Cada nota tocada no banjo, cavaquinho, cuíca era uma batalha vencida. Com o tempo fui ganhando confiança e reconhecimento”, reflete.
Como compositor, Dedê contabiliza pelo menos uma centena de músicas escritas, muitas delas lançadas em álbuns próprios ou em parceria com outros artistas.
Entre as colaborações mais marcantes está a que realizou com Alê da Voz, cantor e compositor do Piauí, com quem compôs a canção “Para com isso”.
Além disso, participou de diversos projetos e abriu shows de artistas renomados como Belo e o grupo Pique Novo. “Escrevi várias músicas, umas cem. Lancei alguns álbuns, escrevi com nomes referência no meio da música e participei de vários projetos colaborativos com artistas renomados”, destaca.
Aprendizados de uma vida
Com a voz de quem já viveu os altos e baixos da estrada, Dedê compartilha a maior lição que a música lhe ensinou: “Nunca desistir dos seus sonhos é fundamental. A música é um caminho de persistência e paixão. É preciso estar disposto a enfrentar as adversidades e seguir em frente.”
Aos jovens músicos, ele oferece conselhos diretos e valiosos: “Estudem, pratiquem e, acima de tudo, sejam autênticos”. A bagagem acumulada ao longo de décadas se traduz não só na maturidade musical que hoje marca seu trabalho, mas também no entendimento da importância de se manter o profissionalismo e valorizar a própria jornada.
“Minhas outras bandas de pagode sofreram com desgastes, por conta disso não houve continuidade com elas. Muitas vezes, as coisas não davam certo por falta de concordância, haviam muitas confusões”, relembra.
Para ele, o caminho ensinou que se manter fiel aos próprios ideais e à própria história é a melhor decisão nesse universo que pode ser de muito deslumbramento, “a autenticidade e o carisma é que diferenciam o artista. Seja verdadeiro consigo mesmo e com sua arte”.
Fora dos palcos, o artista valoriza a base familiar como ponto de equilíbrio. “A música exige muito, mas é crucial encontrar tempo para a família e amigos. Eles são a base de tudo. Minha esposa e filhos são meu porto seguro”, afirma, com a serenidade de quem sabe onde estão suas raízes.

Planos para o futuro
Hoje, Dedê do Banjo segue criando, compondo e se reinventando. O próximo passo? Um novo álbum que promete surpreender os fãs com uma fusão de ritmos e novas sonoridades. “Quero continuar inovando e surpreendendo meu público”, diz, sem disfarçar o entusiasmo.
Em tempos em que a autenticidade é um bem raro, Dedê segue como exemplo de artista que faz da simplicidade sua força, e da música sua verdadeira casa.
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