Faculdade Metropolitana
Jovem estudante sob pressão psicológica estudantes estuda com livros e laptop, com a mão na testa, parecendo estressada.

Pressão psicológica enfrentada nas faculdades

Impacto da pressão acadêmica sobre a saúde mental evidencia a urgência de apoio emocional e psicopedagógico nas instituições de ensino.

Por Letícia Gama

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As responsabilidades que acompanham a vida universitária podem, em diversos momentos, exigir além do que muitos estudantes conseguem suportar, desencadeando auto cobrança excessiva.

A busca constante pela perfeição leva à frustração diante de pequenos erros e faz com que muitos esqueçam que falhar é parte natural do processo de aprendizagem.

Segundo pesquisa global da Chegg.org, dois em cada três universitários brasileiros (65%) relatam sentir ansiedade diariamente — um quadro que, inicialmente sutil, costuma surgir antes de provas ou entregas importantes e, aos poucos, incorpora-se à rotina acadêmica. “Muitas vezes a pressão chega a ser tão grande que é difícil lidar com tudo que tenho para fazer”, desabafa Sarah Krishna, estudante de Psicologia.

A necessidade de apresentar bom desempenho em todas as disciplinas, aliada às cobranças familiares e a uma rotina intensa, compõe um cenário que favorece o aumento da pressão e, consequentemente, da ansiedade.

Beatriz Lima, aluna de Odontologia, relata ter vivido um período de exaustão:

“No semestre passado eu estava esgotada: muitos trabalhos, provas chegando, a faculdade fica longe da cidade onde moro, então passo uma semana inteira sem ver meus pais e meus amigos. Foi o momento em que quis largar tudo e voltar para casa. Mas colocar para fora o que eu estava sentindo e ouvir outras opiniões me ajudou muito”.

Embora muitos estudantes encontrem suporte em amigos e familiares, o acompanhamento institucional também é fundamental. É necessário que as faculdades estejam preparadas para orientar seus alunos na conciliação entre o curso e a saúde mental.

Nesse sentido, a Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo (FAMEESP) se destaca ao manter um centro de apoio que oferece atendimentos voltados à saúde mental e a dificuldades de aprendizagem, demonstrando como iniciativas institucionais podem fazer diferença no bem-estar acadêmico.

A coordenadora do Núcleo de Atendimento Psicopedagógico da Faculdade Metropolitana, a Profa. Carla Damasceno, relata como é feito esse acompanhamento:

“Em um primeiro momento é feito uma sondagem para entender a demanda, e após começam os encaminhamentos. Se a questão for somente de cunho de saúde mental, encaminhamos os alunos para atendimento gratuito ou com valor social em projetos de suas referidas cidades. Se for acadêmico com sintomas de saúde socioemocional fazemos um atendimento pelo Napsi, com encontros quinzenais e a oferta de estratégias curriculares”.

Close-up de estudante fazendo anotações de estudo em um caderno com espiral, usando um lápis, perto de livros, em um ambiente bem iluminado.

É fundamental que as universidades disponham de profissionais capacitados para acompanhar estudantes com a saúde mental fragilizada, pois esse cuidado influencia diretamente tanto o bem-estar quanto o desempenho acadêmico.

Quando o universitário enfrenta dificuldades emocionais e não busca apoio, tende a acumular sentimentos que podem desencadear crises de ansiedade, levando ao esgotamento físico e emocional.

A psicóloga Adrines Elaine destaca que “a ansiedade é uma sensação inerente ao ser humano e se apresenta como forma de autopreservação diante de uma situação de perigo iminente. Assim, ela pode colaborar no desempenho acadêmico como força propulsora, mas também pode prejudicar quando se manifesta de forma desproporcional, gerando patologias”.

Segundo ela, a ansiedade persistente e não tratada aumenta o risco de o estudante desenvolver depressão, condição que pode provocar tristeza profunda, desânimo e baixa autoestima. Por isso, buscar ajuda o quanto antes é essencial para evitar o agravamento do quadro.

Dados do Centro de Valorização da Vida (CVV) reforçam a urgência do tema: a maioria dos casos de suicídio entre jovens ocorre justamente no período de estudos e na transição para a vida adulta. No Brasil, a taxa de suicídio entre universitários cresce continuamente desde 2002, colocando o país na liderança entre as nações da América Latina.

Adrines Elaine ressalta que, nos casos de suicídio, a pressão acadêmica costuma ser apenas um gatilho que intensifica um sofrimento prévio não tratado.

“O suicídio não é algo natural. Nosso instinto busca a autopreservação — segurança, bem-estar e conforto. É preciso investigar o conteúdo angustiante associado a experiências traumáticas do passado. O autoconhecimento, por meio da psicoterapia, é essencial para que o aluno — ou qualquer pessoa — compreenda seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, evitando o agravamento da condição e possibilitando um tratamento adequado”, explica.

Em entrevista, a psicóloga também comentou como os estudantes podem lidar com a ansiedade e de que forma as instituições de ensino podem apoiá-los. Questionada sobre como o aluno pode evitar que a ansiedade prejudique sua rotina acadêmica e pessoal, ela orienta:

“Criando uma rotina favorável, com um quadro de horários que permita dividir o tempo entre estudos, lazer, interação social, atividades físicas, descanso e alimentação adequada”.

Buscar ajuda psicológica não deve ser visto como sinal de fragilidade, mas como de coragem por um indivíduo reconhecer que precisa conversar com alguém que o ajude a enfrentar uma situação difícil.

O preconceito em fazer terapia tem sido desfeito aos poucos, mas ainda é preciso trabalhar mais para ele ser dissipado.

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Letícia Gama

Aluna de Jornalismo da FAMEESP.

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