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Crianças e adultos pintando com tintas coloridas sobre papel, rodeados por materiais de arte diversos.
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A Importância da Educação Artística na Escola

"Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver."

A arte representa uma das principais vias de expressão cultural em nossa sociedade, manifestando-se como uma linguagem estética e comunicativa que emprega diversas formas, como arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e cinema, em suas múltiplas combinações.

Diariamente, somos influenciados por ela, muitas vezes sem nos dar conta. No ambiente escolar, a Educação Artística busca despertar e desenvolver nos estudantes a linguagem artística, capacitando-os a interagir com o mundo por meio dela.

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Descubra a importância dessa disciplina para a formação integral dos alunos.

Continue lendo este artigo e aprofunde-se no tema!

A Essencialidade da Educação Artística no Contexto Escolar

As aulas de Educação Artística nas escolas são frequentemente associadas a momentos de recreação, lazer e diversão, por sua natureza mais dinâmica e pela utilização de materiais variados na produção criativa. 

No entanto, sua relevância transcende em muito essas percepções!

Esta disciplina ensina aos alunos as distintas linguagens artísticas, estimulando a manifestação por meio delas, o desenvolvimento de novas aptidões e uma compreensão do mundo sob a ótica das artes.

Desde os primórdios da humanidade, a arte existe e carrega consigo vastos significados. Estudar o ensino de artes permite aos alunos conhecer e decifrar o mundo, analisando essas linguagens expressivas.

A prática de atividades artísticas impulsiona a criatividade, ao propor aos alunos a concepção de obras, esculturas, objetos, desenhos, pinturas, textos, músicas, peças teatrais, entre outras formas de criação.

O processo criativo na arte emerge da percepção, com o propósito de exteriorizar emoções e ideias, imprimindo e materializando um sentido singular e distinto para cada trabalho.

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Estimula o raciocínio crítico, ao fazer com que os alunos compreendam que a arte expressa e reflete questões sociais, culturais, históricas e políticas, levando-os a interpretar e desvendar os mecanismos de expressão dessa linguagem.

Este componente curricular contribui para a interação reflexiva dos alunos com a complexidade do mundo, promovendo o respeito às diversidades e o diálogo com outras culturas, etnias e formas de expressão, elementos cruciais para o exercício da cidadania.

Assim, desenvolve a sensibilidade dos alunos ao contemplarem a arte e ao procurarem interpretá-la como uma linguagem não verbal, desvendando o que ela busca comunicar com base no que estão vendo e sentindo.

A Educação Artística também possibilita ao aluno aprender a se expressar e a se autoconhecer no processo de criação, depositando na arte produzida sua identidade, seus sentimentos e preferências, bem como se comunicar por meio dela.

As funções cognitivas são estimuladas com as artes na escola, pois ao criar e apreciar a arte, a atenção é amplamente desenvolvida, assim como a percepção, a linguagem, a memória e as funções executivas do cérebro.

A motricidade e a expressão corporal também são estimuladas e aprimoradas com a Educação Artística na escola, ao manusear diferentes materiais e praticar modalidades artísticas que envolvem o corpo, como a dança e o teatro.

Habilidades sociais podem ser aprimoradas com o ensino de artes na escola, pois muitas atividades são coletivas, como a dança, o teatro e a música, que fomentam a interação e auxiliam no entrosamento de crianças mais tímidas, por exemplo.

Realizar atividades artísticas também atenua o estresse e a hiperatividade de crianças e jovens, por serem dinâmicas e quebrarem a rotina escolar de aulas teóricas e expositivas – nas quais assistem ao professor e registram o conteúdo –, liberando a energia contida nas aulas de artes.

Além disso, os alunos podem descobrir talentos que de outra forma não seriam notados, e que podem até mesmo direcionar seu projeto de vida – crianças que revelam aptidões para o desenho, por exemplo, acabam se interessando por seguir carreira em arquitetura, engenharia, design ou moda, mostrando a abrangência do ensino de artes.

Como percebemos, a Educação Artística contribui substancialmente para o desenvolvimento integral de crianças e jovens, impactando diretamente suas vidas e, consequentemente, a sociedade, tornando o mundo mais belo e expressivo através da arte.

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Pessoa pinta com pincel sobre papel colorido, com mãos sujas de tinta, em ambiente artístico criativo.

A Jornada da Educação Artística no Brasil

A Educação Artística foi integrada ao currículo escolar em 1971, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), inicialmente como uma atividade educativa, e não como uma disciplina formal.

Em 1996, a legislação anterior foi revogada e Artes foi reconhecida como uma disciplina, cujo ensino de artes se tornou obrigatório nas escolas de educação básica.

Em 2008, a música passou a ser um componente curricular obrigatório na disciplina de Artes, conforme a Lei nº 11.769, que acrescentou o parágrafo 6º ao artigo 26 da LDB.

Posteriormente, em 2016, outros componentes curriculares do ensino de artes foram incluídos na lei, definidos no parágrafo 6º.

Adicionalmente, em 1997, foram estabelecidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), para servir como referência na elaboração dos currículos escolares do ensino fundamental e médio, tanto nas redes pública quanto particular.

Para o ensino de artes, os PCNs definem quatro modalidades artísticas a serem trabalhadas nas escolas: artes visuais, música, teatro e dança. Para isso, devem seguir três eixos: produzir, apreciar e contextualizar. Esses eixos se baseiam na Metodologia Triangular.

Finalmente, com a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece as aprendizagens essenciais da educação básica, a Educação Artística na escola recebe uma atenção ampliada, como veremos a seguir.

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O Ensino de Artes na BNCC

Para a BNCC, o estudo de Artes oferece momentos de aprendizado de outras culturas e modos de vida, das diferenças sociais, e propicia o desenvolvimento do senso crítico, com o aluno assumindo um papel de protagonista e criador nessas linguagens artísticas.

O componente curricular Arte está presente no Ensino Fundamental e abrange as seguintes linguagens artísticas:

  • Artes visuais: Compreendem os processos e produtos artísticos e culturais, em diversos períodos históricos e contextos sociais, que utilizam a expressão visual como elemento de comunicação.

  • Dança: Prática artística fundamentada na consciência e no sentimento do corpo, por meio da articulação dos processos cognitivos e das experiências sensíveis envolvidas no movimento dançado.

  • Música: Expressão artística que se materializa através dos sons, os quais adquirem forma, significado e sentido a partir da sensibilidade subjetiva e das interações sociais, como resultado de conhecimentos e valores diversos estabelecidos no domínio de cada cultura.

  • Teatro: Experiência artística multissensorial produzida na interação dos alunos, no encontro com o outro em performance. Ocorre por meio da expressão corporal na criação ficcional de tempos, espaços e sujeitos distintos de si próprios, utilizando a linguagem verbal e não verbal e a ação física.

Essas linguagens englobam as práticas de conceber, interpretar, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas artísticas.

As vias de expressão no processo de aprendizagem em Arte baseiam-se na sensibilidade, na intuição, no raciocínio, nas emoções e nas subjetividades, que devem ser estimuladas nos alunos.

Pessoa segura pincel em ateliê artístico, com tela desfocada ao fundo e potes de tinta sobre a mesa.

Conforme a BNCC preconiza, as aulas de Educação Artística na escola devem seguir seis dimensões de conhecimento, interligadas entre si:

  • Criação: Refere-se à prática artística, ao momento em que as pessoas idealizam, produzem e constroem. Trata-se de uma postura intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, eventos e produções artísticas individuais ou coletivas. Diz respeito à compreensão do que está envolvido no processo criativo.

  • Crítica: Diz respeito às percepções que direcionam as pessoas a novas compreensões do espaço em que habitam, por meio do estudo e da pesquisa, com base no estabelecimento de relações entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Articula ação e pensamento propositivos, englobando aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.

  • Estesia: Envolve a experiência sensível das pessoas em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Respectiva a sensibilidade e a percepção, vistas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Na estesia, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência.

  • Expressão: Relaciona-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades.

  • Fruição: Refere-se ao deleite, ao prazer e ao estranhamento no contato com obras de arte, e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Implica na disponibilidade das pessoas para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.

  • Reflexão: Diz respeito ao processo de construção de argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. Consiste na atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como observador.

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A Arte como Ferramenta para um Futuro Mais Completo

Como pudemos ver, a Educação Artística é muito mais do que um complemento no currículo escolar. 

Ela é um pilar essencial para o desenvolvimento completo de crianças e jovens, estimulando a criatividade, o pensamento crítico e a sensibilidade. 

Ao proporcionar o ensino de artes, as escolas não apenas preparam os alunos para o futuro, mas também os capacitam a compreender e transformar o mundo ao seu redor, tornando-o um lugar mais rico em expressão e beleza. 

Investir na Educação Artística é investir na formação de cidadãos mais conscientes, empáticos e inovadores.

Criança pinta com as mãos em tela no chão, rodeada por tintas coloridas, pincéis e paleta de pintura.

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Júlia Cintra Terra

Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei e Letras pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Pós-Graduada em Ensino de Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei. Experiência como Educadora no Sistema de Educação Básico e Superior, nas áreas de Filosofia e Língua Portuguesa. Atua como Professora/Tutora da Graduação e Pós-graduação da Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo e da Faculdade de Tecnologia, Ciências e Educação - FATECE.

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