Escrito de forma descontraída, o livro “Conversando sobre educação inclusiva com a família” é destinado a pais e cuidadores, apontando o quanto será fundamental o envolvimento de todos, uma vez que professores e diretores não podem promover a inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais sozinhos.
A Educação Inclusiva ganhou forças nos anos 1990.
“Antes, pessoas com deficiências eram habilitadas ou reabilitadas para fazer todas as coisas que as demais por meio da integração social e passavam a conviver conosco em sociedade. Agora, na inclusão escolar e social, as iniciativas são nossas. Somos nós que estamos nos preparando, criando caminhos e permitindo que elas venham conviver conosco. Por este motivo, cada vez mais vemos crianças e pessoas com deficiência em nossas escolas, nos espaços de lazeres e em todos os lugares da vida diária”, explica o especialista e psicólogo educacional Emílio Figueira.
Por ter uma asfixia durante o parto, Emilio Figueira, 45 anos, adquiriu uma paralisia cerebral, comprometendo sua falar e movimentos.
Passou toda a década de 1970 dentro de uma instituição de educação e reabilitação de pessoas com deficiência.
Só que naquela época o regime era totalmente fechado.
Foi quando, aos 11 anos de idade, ao ser transferido para uma escola regular, a Educação fez toda a diferença em sua vida.
Pelos estudos, atingiu degraus imagináveis para uma pessoa com uma deficiência como a sua, hoje tendo dois doutorados.
Considerado uma referência em Educação Inclusiva no país, Figueira é autor de livros como “O que é Educação Inclusiva”, “A deficiência dialogando com a arte”, “Psicologia e pessoas com deficiência”, “Caminhando em silêncio: uma introdução à trajetória das pessoas com deficiência na história do Brasil”, dentre outros.
Hoje Emílio é psicólogo, psicanalista, jornalista, professor universitário, autor de centenas de artigos científicos e de mais de 50 livros publicados.
Nos últimos anos tem atendido inúmeros pais e familiares de crianças e jovens com deficiências que estão perdidos diante da política da Educação Inclusiva.
E, graças aos êxitos desses atendimentos, ele escreveu CONVERSANDO SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM A FAMÍLIA (Ed. Agbook, 77 páginas).
O livro foi escrito de forma descontraída como um bate-papo com o leitor e pode ser encontrado no formato impresso ou digital para ser lido em computadores, tablet ou smartphone.
Num misto de experiências próprias e conhecimentos profissionais, Figueira conta como nasceu a obra:
“Muitos pais e mães de crianças com deficiências em fase de inclusão, sempre me procuram perdidos em busca de orientações. Algum tempo atrás, recebi em meu consultório uma jovem senhora. Confesso que o discurso dela me deixou muito encabelado. O tempo todo ela acusou a escola e os professores pelo fracasso de seu filho, mas em nenhum momento ela falou sobre a real deficiência de seu filho, diagnóstico e tratamento feito. Pelo contrário, ela demonstrava até certa resistência com relação a isto. Resolvi, então, escrever uma obra como forma clara e direta de orientação”.
É importante a participação dos pais no acompanhamento do tratamento e no processo educacional de seu filho, acentua Figueira:
“A integração entre pais e profissionais é fundamental porque ninguém, além deles, conhece melhor o seu filho. São os pais que convivem 24 horas por dia e aglomeram informações valiosas para o aperfeiçoamento do processo. Esta colaboração traduz-se num incentivo muito grande aos profissionais, estimulando-os a lidar com estas crianças. Este entrosamento é primordial para que ambas as partes (pais e profissionais) encontrem a melhor maneira de tratamento para a educação criança. Esta, por sua vez, observando a união entre eles, vai se sentir melhor e terá maior confiança naqueles profissionais que a assistem”.
O livro CONVERSANDO SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM A FAMÍLIA destaca a importância de se atentar às necessidades específicas de cada criança, terapias e acompanhamentos especializados, o desenvolvimento global de alunos incluídos como os aspectos psicológicos que precisam ser observados, valorização dos pontos positivos de uma deficiência, possibilidades de uma criança se desenvolver em outras áreas que não sejam impostas pelos padrões culturais.
Entrando no campo pedagógico, a obra fala ainda sobre a importância de uma parceira em tripé: Escola, Família e Sociedade!
O professor Emílio Figueira deixa claro no contexto de sua obra:
Para que o processo de inclusão escolar de uma criança com deficiência realmente dê certo, será fundamental a participação plena da família junto aos professores e todo o contexto escolar!
“Todos esses pontos comprovam que a Escola Inclusiva envolve a participação da família e da comunidade, as quais podem contribuir para fortalecer e multiplicar as ações inclusivas. Isto prova mais uma vez que professores e diretores não podem promover a inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais sozinhos. Para esse sucesso, será de fundamental importância o envolvimento de todos!”, conclui. fake rolex rolex replicas
Fonte: Educação Inclusiva em Foco