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A importância da lição de casa para criança

Criança que faz lição de Casa!



A maioria dos educadores defende que aluno deve ter espaço adequado, horário estabelecido para fazer as tarefas e ser incentivado pelos responsáveis para adquirir disciplina e autonomia no momento de realizar seu dever.

 

Por isso, no Colégio Santa Maria, enquanto crianças da Educação Infantil estão aprendendo a lidar com a lição de casa, as do 2º ano do Ensino Fundamental se sentem mais habituadas, embora também necessitem de apoio na hora de fazer suas tarefas.

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No 6º ano, esse cenário muda completamente, pois o desafio do aluno é justamente o de conquistar sua total independência em relação aos estudos.

 

Logo, como a relação escola-aluno-família se transforma ao longo da vida acadêmica e o preparo de cada etapa resulta de um esforço conjunto, educadoras do colégio comentam sobre esse processo comum a todas as crianças.

 

Mas, ao mesmo tempo em que explicam como os pais devem lidar com a lição de casa dos filhos – para que a produtividade seja eficiente –, elas também lançam as bases para que as demais escolas possam alicerçar seu próprio trabalho.

 

Lição de casa: aquisição da autonomia

 

Edith Sonagere, orientadora da Educação Infantil, conta que as crianças de 3, 4 e 5 anos levam para casa atividades motoras, registros por meio de desenhos, exercícios matemáticos, coleta de dados, entre outras.

 

A orientação de como os pais devem se comportar é feita nas reuniões pedagógicas e por meio de entrevistas quando necessário.

 

“Como na Educação Infantil as tarefas são simples e se reportam a conteúdos já trabalhados em sala de aula, solicitamos às famílias que apenas releiam as instruções e deixem os alunos fazerem a lição sozinhos. Caso a criança solicite ajuda, apenas deverão estimular o seu raciocínio”, diz Edith.

 

Esse panorama muda no 2º ano do Ensino Fundamental. Os pais são orientados a organizar a rotina dos filhos.

 

Portanto, eles devem estipular horário, desligar a TV e o rádio e indicar um lugar adequado, onde a criança faça o dever sentada, com claridade e sem muitas interferências do meio.

 

De acordo com a professora Rosilene Moutinho Arriola, nessa fase, a função do adulto é verificar se o estudante precisa de algum material específico – como revistas para recortar, por exemplo.

 

“No fim, os pais podem rever a tarefa junto ao filho.Porém, também é importante valorizar o que está bem feito e chamar a atenção para o que poderia ser melhorado, pois é possível cobrar maior empenho com autoridade e carinho”, explica a professora.

 

O tempo dedicado ao dever de casa

 

Entre 6 e 7 anos, a criança não deve ficar mais do que uma hora realizando a lição diária. Passado esse tempo, ela se cansará e passará a fazer a tarefa com pouca qualidade.

 

“Como nessa etapa escolar, ela também não consegue realizar pesquisas sozinhas, os pais podem ajudar selecionando o material, lendo alguns trechos juntos, pesquisando na internet, pois o aluno ainda está em fase de consolidação da alfabetização”, orienta Rosilene.

 

Aos poucos, entre 8 e 9 anos, esse tempo pode ser aumentado gradativamente. Assim, ao alcançar a faixa etária dos 10 e 11 anos, o estudante deverá ter em torno de duas horas para realizar suas tarefas.

 

O professor deve orientar

 

Os pais devem saber que o ideal para a criança que estuda de manhã é chegar em casa, almoçar, fazer um pequeno descanso para, depois, iniciar seus deveres.

 

À tarde, sem um horário estipulado, ela se envolve em outras atividades, acaba se cansando e, à noite, não terá a mesma disposição para executar a lição.

 

O mesmo procedimento é válido para crianças que estudam à tarde.

 

Embora algumas realizem a lição à noite, o melhor é reservar esse período para a interação familiar.

 

Por isso, seria mais interessante fazer a criança acordar, levantar, realizar sua higiene pessoal, tomar o café, descansar um pouco e, então, iniciar suas tarefas.

 

Assim, ainda sobra tempo para ela realizar outras atividades.

 

De certa forma, com toda essa preparação, a disciplina se estabelece e a rotina de realização do dever de casa cria por si só um processo de estudo, que faz o aluno se sentir mais seguro e pronto para as próximas aulas.

 

Consequentemente, quando ocorrer a passagem para o Ensino Fundamental 2, o estudante também estará apto a se organizar de acordo com os componentes curriculares, para obter o sucesso imprescindível aos seus estudos sem muitos sacrifícios.

 

O professor também deve determinar a quantidade e a diversidade de deveres que a criança terá que fazer em casa.

 

Logo, é preciso relembrar sempre que, ao sobrecarregar o aluno, em vez de dinamizar o aprendizado, o máximo que se consegue é provocar o cansaço e o desinteresse pelos estudos.

 

Explique aos pais

 

Lição de casa não é punição e nem é dada para preencher apenas o tempo do aluno.

 

Ela visa agilizar o processo de ensino-aprendizagem e para ser proveitosa deve ser feita em um clima prazeroso.

 

Por isso, os responsáveis não podem demonstrar irritação quando a criança pede ajuda. Da mesma forma, também não é aconselhável ficar corrigindo tudo que os filhos fazem.

 

Em vez disso, o certo é conversar com criança para descobrir quais são suas dificuldades e, então, apresentá-las na próxima reunião com os professores, para obter a orientação necessária para auxiliá-la em situações semelhantes.

 

Fonte: Revista Guia Prático do Professor – Ensino Fundamental Ed. 98

 

Blog Estude Sem Fronteiras

Júlia Cintra Terra

Graduada em Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei e Letras pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Pós-Graduada em Ensino de Filosofia pela Universidade Federal de São João Del-Rei. Experiência como Educadora no Sistema de Educação Básico e Superior, nas áreas de Filosofia e Língua Portuguesa. Atua como Professora/Tutora da Graduação e Pós-graduação da Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo e da Faculdade de Tecnologia, Ciências e Educação - FATECE.

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