Faculdade Metropolitana
Quatro mãos, sobrepostas uma à outra, seguram o símbolo em formato de coração representativo do diagnóstico de autismo.

Como é feito o diagnóstico de autismo: idade, testes e especializações no assunto

Em um artigo sobre o Autismo Infantil, o Prof. Dr. Francisco Assumpção e a Dr. Ana Christina Pimentel definiram o diagnóstico de autismo infantil como algo de extrema complexidade:

[… Exige que abordagens multidisciplinares sejam efetivadas visando-se não somente a questão educacional e da socialização, mas principalmente a questão médica e a tentativa de estabelecer etiologias e quadros clínicos bem definidos…]

A partir do momento que é reconhecida a complexidade do transtorno autista, pode-se definir melhor os caminhos para diagnósticos mais humanizados. Dessa forma, uma vez que a profundidade é notada e assumida pelo profissional responsável, a inclusão dos portadores do transtorno na sociedade e em suas atividades intrapessoais se tornam um ato gradual e relativamente mais simples.

O diagnóstico em torno do TEA – Transtorno do Espectro Autista – mostra-se cada vez maior em taxas da população mundial, o que requer uma igual necessidade de explicá-lo de forma acessível e confiável para a sociedade.

Leia e entenda tudo sobre como funciona o diagnóstico desse transtorno, as dificuldades e os testes utilizados atualmente. Além de tudo, saiba suas opções de especialização sobre o assunto e como se tornar um bom profissional na área!

Em que idade se dá o diagnóstico?

A recomendação é de que o diagnóstico do Transtorno de Espectro Autista deve acontecer nos anos iniciais. O diagnóstico geralmente pode ser dado por volta dos 18 meses de vida. Período esse em que, normalmente, as habilidades comunicativas começam a ser desenvolvidas.

Tal recomendação é feita por órgãos especializados em Neurologia e Desenvolvimento, como a Sociedade Brasileira de Neurologia. Então, quanto antes acontecer o diagnóstico, mais cedo a criança poderá receber o tratamento correto.

Além do tratamento medicinal e psicológico certo, há também o acompanhamento fonoaudiológico, fisioterápico e nutritivo. Logo, torna-se reconhecível a importância do diagnóstico precoce de autismo.

Entretanto, há dentro do Espectro diversos níveis de comprometimento neurológico de um indivíduo. Portanto, os sintomas de autismo podem se manifestar em fases diferentes do desenvolvimento humano, de acordo com os graus da desordem.

>> Leia mais e entenda: Psicologia do Desenvolvimento: o que é e estágios

Quem pode dar o diagnóstico de autismo?

O diagnóstico deve ser realizado por Psicólogos, Neurologistas e também Psiquiatras. Ademais, é aconselhado que a pessoa com suspeita de autismo seja avaliada por toda uma equipe multidisciplinar.

A equipe pode envolver todas as especialidades já citadas, trabalhando juntas. Há também a presença de Psicopedagogos, Neuropsicopedagogos, Fisioterapeutas e Fonoaudiólogos, dentre alguns outros, que sejam especializados no assunto.

Assim, todas as particularidades do caso podem ser analisadas a partir das perspectivas corretas. Dessa maneira, o laudo torna-se ainda mais confiável e seguro, e assim pode ajudar a guiar o tratamento ao identificar quais procedimentos devem ser seguidos.

[T Profissional da área da Psicologia sentada em um sofá ao lado de uma criança. A criança desenha em papel apoiada em uma mesa.

Formações e Cursos de Autismo EAD

Os Transtornos do Espectro do Autismo atingem o desenvolvimento humano. Ou seja, acabam por englobar diversas áreas: o bem-estar e saúde física, o aprendizado, a neurologia, a terapia psicológica e muitas outras especificidades.

Consequentemente, os estudos e as formações de carreiras com foco neste tópico também são variadas e multidisciplinares. Seja na área da Saúde, da Educação ou da Psicologia, o autismo exige estudo e dedicação voltados a sua complexidade.

Afinal, a consequência direta do investimento e dedicação em sua formação é a conquista de práticas éticas, atualizadas e humanizadas. Tais características são a chave para um currículo de destaque em qualquer área que queira seguir!

Sendo assim, aprofundar seus estudos e completar sua formação com foco específico no TEA são ações substanciais para a construção de uma carreira profissional ou acadêmica bem sucedida.

O Estude Sem Fronteiras selecionou alguns dos melhores cursos oferecidos pela Faculdade Metropolitana, dentro de três principais áreas de conhecimento e atuação respectivas ao TEA. Confira todas as suas possibilidades!

Pós-Graduação EAD em Autismo

Área da Saúde:

>> Pós-Graduação EAD em Fonoaudiologia no Transtorno do Espectro Autista (TEA) – 720 horas

Pós-Graduação EAD em Fonoaudiologia no Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Área da Nutrição:

>> Pós-Graduação EAD em Nutrição no Transtorno do Espectro Autista (TEA) – 720 horas

Pós-Graduação EAD em Nutrição no Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Cursos Online e Pós-Graduação na área de Psicologia:

>> Curso Online de Autismo sobre Identificação, Diagnóstico e o Processo de Aprendizagem – 340 horas

Curso Online de Autismo sobre Identificação, Diagnóstico e o Processo de Aprendizagem

>> Curso Online de Terapia ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista – 180 horas

Curso Online de Terapia ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista

>> Pós-Graduação EAD em Intervenção ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista – 720 horas

Pós-Graduação EAD em Intervenção ABA aplicada ao Transtorno do Espectro Autista

Cursos Online e Pós-Graduação EAD na área da Educação:

>> Pós-Graduação EAD em Intervenção ABA aplicada à Educação Inclusiva – 720 horas

Pós-Graduação EAD em Intervenção ABA aplicada à Educação Inclusiva

>> Pós-Graduação EAD em Educação Especial: Transtorno do Espectro Autismo (TEA) – 800 horas

Pós-Graduação EAD em Educação Especial: Transtorno do Espectro Autismo (TEA)

>> Pós-Graduação EAD em Transtorno do Espectro Autismo (TEA): Inclusão Escolar e Social – 720 horas

Pós-Graduação EAD em Transtorno do Espectro Autismo (TEA): Inclusão Escolar e Social

>> Pós-Graduação EAD em Psicopedagogia em Transtorno do Espectro Autismo (TEA) – 750 horas

Pós-Graduação EAD em Transtorno do Espectro Autismo (TEA): Inclusão Escolar e Social

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Como é feito o diagnóstico do autismo?

O diagnóstico do autismo é feito através de exames físicos e neurológicos, acompanhamento clínico e de muita investigação.

Os estudos sobre o TEA estão em constante avanço. Contando com isso, alguns métodos foram desenvolvidos para padronizar e guiar os profissionais durante esse processo.

Criança sentada em seus tornozelos, em cima de um sofá acinzentado, enquanto brinca com peças coloridas.

Entenda melhor sobre esses métodos e etapas presentes no andamento do diagnóstico:

● Questionários e Escalas de Pontuação

Alguns documentos foram criados para guiar e padronizar perguntas e observações importantes a serem feitas para o diagnóstico do autismo.

O ADI-R, ou Entrevista Diagnóstica de Autismo-Revisada, é um destes documentos. Esse propõe a coleta de diversas informações em torno da vida do paciente. Como, por exemplo, questões sobre comunicação, socialização, brincadeiras e relacionadas a comportamentos repetitivos.

Desta forma, o profissional pode analisar os aspectos linguísticos, comunicativos e sociais. Tal qual a presença de repetições comportamentais e obsessões.

Seguindo quase o mesmo conceito do ADI-R, alguns documentos foram criados para estabelecer uma escala de pontuação.

Os pontos são marcados de acordo com os sintomas, características, histórico e comportamentos exibidos pelo paciente. Assim, ao analisar os pontos de acordo com a escala proposta pelo documento, o profissional poderá encontrar o grau que mais se encaixa no quadro da pessoa. Ou, então, retirar o TEA do diagnóstico.

Alguns dos principais testes para autismo utilizados como triagem são:4

  1. Lista de Verificação Modificada para Autismo em Crianças – M-CHART;
  2. Escala de pontuação para autismo na infância – CARS;
  3. Questionário de Comunicação Social – SCQ;
  4. Entrevista Diagnóstica de Autismo-Revisada – ADI-R;
  5. Protocolo de Observação para o Diagnóstico de Autismo – ADOS;
  6. Autism Behavior Checklist – ABC.

É importante ressaltar que estes testes funcionam mais como um sistema de triagem do autismo como um possível diagnóstico. Logo, seus resultados não são definitivos e o laudo não deve ser feito unicamente a partir destes.

Os testes também não devem ser feitos sem o acompanhamento de um profissional da área, autorizado para realizá-los. Assim, não há como a percepção individual atrapalhe o processo. O diagnóstico deve ser feito considerando a análise de terceiros, profissionais especializados.

● Observação Clínica

O acompanhamento psicológico contínuo realizado por um profissional também é essencial para o diagnóstico. Dessa maneira, a partir da análise clínica do quadro mental do paciente, o profissional pode perceber detalhes essenciais.

Aqui, cabe ao profissional uma investigação minuciosa do contexto do paciente. Desse modo, dar importância aos relatos dos pais, professores, cuidadores e outros envolvidos na realidade do paciente é primordial. Tal como o histórico médico completo.

Até mesmo o estudo de vídeos caseiros que exibam a essência e o comportamento natural da criança ou do adulto é uma abordagem interessante para o processo.

Além disso, através do acompanhamento clínico é possível o estabelecimento de confiança na relação entre profissional e paciente. Assim, a partir desse sentimento há uma maior abertura para entender e analisar, de fato, o histórico do indivíduo.

>> Acesse e entenda: Terapia ABA para crianças autistas: benefícios e possibilidades de formação

● Avaliação Física

Os Transtornos de Espectro do Autismo causam diversas características físicas em seus portadores. Então, avaliar o físico através de exames é uma parte relevante para o diagnóstico do autismo.

Diante disso, alguns exames fundamentais são os referentes à fala, linguagem e audição, bem como deformidades. Junto a isso, a investigação de doenças genéticas também é necessária, visto que a presença de neurofibromatose é corriqueira em autistas.

De costas para a foto, uma criança abraça um urso de pelúcia grande pelos ombros, sentada ao chão. A sua frente, uma janela.

As dificuldades para o diagnóstico de autismo

O processo de diagnóstico do autismo é complexo e sofre algumas dificuldades para sua conclusão. Tal condição acontece, principalmente, em quadros de grau mais leve de TEA.

Isso porque aqueles que se encaixam nesse nível não têm sintomas e comportamentos tão evidentes quanto os de grau mais grave ou intenso. Por exemplo:

Enquanto um autista de grau um (1) não consegue estabelecer comunicação alguma, o do grupo três (3) o faz de forma verbal e prolixa. Tal grupo é considerado, inclusive, extremamente inteligente.

É nesse ponto, por exemplo, que uma das dificuldades do diagnóstico se estabelece. É muito comum que os portadores da Síndrome de Asperger acabem sendo confundidos por indivíduos superdotados, por exemplo.

A diferença entre os dois é que a inteligência presente em Asperger é caracterizada por hiper focos. Assim, ele consegue se especializar em uma área ou assunto e dominá-la de forma absoluta. Entretanto, muitas vezes não consegue estabelecer conexões sobre assuntos mais pessoais, que exigem certa sensibilidade social.

Outro ponto muito presente em autistas desse grupo é o masking, termo que, traduzido do inglês, significa mascaramento. Ou seja, o ato de mascarar seus sintomas para se encaixar no contexto social.

Essa ação, feita de forma constante, acaba por ensinar ao indivíduo do TEA a se comportar de acordo com o que a sociedade espera do mesmo. Essa é, frequentemente, uma forma com que essas pessoas encontram de lidar com preconceitos.

Quanto tempo demora o diagnóstico de autismo?

Não há um tempo exato para o diagnóstico de autismo ser oficializado. Isso acontece devido ao fato de cada grau do TEA exigir uma abordagem específica e uma série de exames necessários.

É importante ressaltar que o diagnóstico do autismo deve ser feito de forma responsável. Assim, respeitando todas as etapas e priorizando a saúde e desenvolvimento do paciente. Este processo exige paciência e dedicação.

Logo, alguns casos podem ser concretizados em poucos dias e meses. Já outros podem exigir uma investigação mais detalhada, levando até mesmo a um ou mais anos.

Reconhecer para aceitar: inclusão através do entendimento

Explicar e simplificar os processos que fazem parte de desordens mentais, como o Transtorno de Espectro Autista, é uma maneira de aproximar os portadores de tais transtornos da sociedade.

É de praxe que o indivíduo tema e se afaste daquilo que não conhece. Portanto, há uma missão evidente de acessibilizar as explicações científicas deste transtorno para que toda a população possa compreendê-la.

Portanto, desmistificar distúrbios mentais é um assunto fundamental para os dias atuais. É a partir da humanização destes indivíduos que a sociedade poderá quebrar barreiras e desenvolver o senso de empatia necessário para o bem-estar e saúde mental de todos.

Apesar da complexidade do diagnóstico de autismo, este deve ser compreendido por todos, inclusive para aqueles que o possuem.

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Cristiana Maria di Primio Gonçalves

Graduada em Psicologia pela Universidade de Passo Fundo. Especializada em Gestão Estratégica Empresarial e em Consultoria de Recursos Humanos pela Associação Brasileira de Recursos Humanos - ABRH. Mestre em Administração de Organizações pela Universidade de São Paulo - FEA/USP. Reconhecida e premiada na área de Gestão de Pessoas. Atuante no campo de Administração de Recursos Humanos. Experiência profissional como Docente na disciplina de Psicologia Aplicada à Administração na Universidade de Passo Fundo e como Professora e Orientadora na disciplina de Jogos de Negócios na Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas - FGV. Capacitada em Mediação e Conciliação de Conflitos pelo Instituto Conversações. Atuante como Professora/Tutora de disciplinas da Graduação e da Pós-Graduação na Faculdade Metropolitana, nas áreas de Gestão, Administração, Psicologia e Neuropsicologia.

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